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Procedimento

Congelamento Oncológico da Fertilidade



Devemos ter em mente que grande parte dos tratamentos anti-câncer como Quimio e Radioterapia, podem atacar nossa fertilidade, causando até falência total dos ovários e menopausa francamente instalada. Sabemos que apesar da maior incidência de câncer ser acima dos 50 anos, existem tumores que acometem mulheres jovens enquanto elas ainda não tiveram seus filhos. Usando o câncer de mama para exemplificar, pois é um importante câncer ginecológico, temos um aumento de 0,5% ao ano nos últimos 10 anos. Mas, a boa notícia é que existe também um declínio acentuado da mortalidade, tendo essa taxa caído 43% de 1989 a 2020. Ou seja, temos muitas mulheres sobreviventes de câncer de mama, totalmente curadas, mas que podem ter uma impossibilidade de engravidar por terem feito Quimioterapia.

Nesses casos, congelamos os óvulos dessa paciente antes dela se submeter à quimioterapia, preservando sua fertilidade para o futuro. Diferentemente do congelamento social, temos aqui um conceito de urgência. Entre o diagnóstico do câncer (biópsia de mama) e a quimioterapia, levamos cerca de 30 dias para fazer toda a investigação necessária para decidir qual o melhor tratamento. Isso se chama ESTADIAMENTO DO CÂNCER. Nesse intervalo, nenhuma quimioterapia é administrada, nos dando uma janela mais que suficiente ou tempo para que o congelamento aconteça.

Todo cuidado é pouco no intuito de informar a paciente, muito fragilizada que:

1. O congelamento de óvulos não piora a chance de cura da doença;

2. Não atrasa o tratamento, desde que essa paciente seja encaminhada e atendida idealmente no mesmo dia do diagnóstico;

3. É reconhecidamente eficaz para postergar a gestação para o futuro, quando a paciente estiver livre da doença;

4. A gestação pós-tratamento de câncer não aumenta a chance de recidiva tumoral, desde que liberada apenas após o controle de cura estipulado pelo oncologista.

Nós no Brasil, ainda estamos indicando um número ínfimo de preservação da fertilidade oncológica e, com isso, fazendo com que muitas mulheres possam engravidar somente se recorrerem aos bancos de óvulos doados, enquanto elas poderiam ter recorrido aos seus próprios óvulos congelados previamente ao tratamento oncológico.

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